Cerca
de 75 doenças transmissíveis já foram relatadas em alface em todo mundo, sendo
a maioria delas causadas por vírus, mas também por fungos, bactérias e
nematóides. Muitas ainda não chegaram ao Brasil e aqui será colocadas as
principais, mesmo que os sintomas podem variar com as cultivares e as condições
climáticas.
Míldio (Bremia lactucae)
Manchas verde-clara ou
amareladas, de diferentes tamanhos e geralmente delimitadas pelas nervuras.
Medidas de controle: utilizar
sementes idôneas; rotação de culturas; irrigar por gotejamento; evitar excesso
de água; plantar com espaçamento que permita boa aeração; pulverizar
preventivamente com fungicidas registrados; eliminar restos culturais e plantar
variedades mais adaptadas.
Septoriose (Septoria lactucae)
Lesões inicialmente
marrom-claras, de bordas pouco definidas, que podem se unir formando lesões
maiores. No centro das lesões podem ser vistos pequenos pontos negros que são
estrutura dos fungos.
Medidas de controle:
adquirir sementes e mudas de boa qualidade; plantar em terrenos bem drenados;
espaçamento que permita boa aeração; pulverização preventiva com fungicida
registrado; evitar encharcamento e excesso de nitrogênio; plantar variedades
adaptadas; fazer rotação de culturas e eliminar restos culturais.
Mancha de cercóspora (Cercospora longissima)
Pequenas manchas marrons, as
vezes com halo amarelo e ponto central mais claro acinzentado.
Medidas de controle: adquirir sementes
e mudas de boa qualidade; plantar em terrenos bem drenados; espaçamento que
permita boa aeração; pulverização preventiva com fungicida registrado; evitar
encharcamento e excesso de nitrogênio; plantar variedades adaptadas; fazer
rotação de culturas e eliminar restos culturais.
Rizoctoniose (Rhizoctonia solani)
Pequenos pontos marrom-claros
nas nervuras, que aumentam de tamanho, escurecem o ocupam todo o limbo foliar
em menos de 48 horas.Medidas de controle: canteiros
altos para evitar encharcamento; evitar uso excessivo de fertilizante; uso de
cobertura morta ou plástico para evitar contato com o solo; espaçamento que
permita aeração; eliminar restos culturais; uso de fungicidas se ocorrência nos
estádios inicias; rotação de culturas.
Podridão-de-botritis (Botrytis cinerea)
Lesões encharcadas, de coloração
castanha, principalmente nas folhas mais externas, onde começa a podridão mole
que ataca a toda a planta.
Medidas de controle: rotação de
culturas; eliminas restos culturais; evitar acumulo de água nas folhas; evitar
ferimento na pós-colheita.
Mancha-bacteriana (Xanthomonas campestris PV vitians)
Pequenas manchas angulares, de
aspecto encharcado, ao s expandirem tornam-se enegrescidas, sendo delimitadas
por nervuras.
Medidas de controle: adquirir
sementes e mudas de boa qualidade; tratamento de sementes com hipoclorito de
sódio; plantar em terrenos bem drenados; espaçamento que permita aeração;
controle preventivo com fungicidas cúpricos registrados; adubar corretamente;
rotação de culturas; eliminar restos culturais.
LMV – Lettuce Mosaic Virus
Transmitido por pulgões. Sintoma
de mosaico acompanhado de deformação foliar.
Medidas de controle: cultivares
resistentes; sementes de boa qualidade; eliminar reservatórios naturais.
Vira-cabeça (Tomato Spotted Wilt
Virus)
Primeiros sintomas no pecíolo e
no limbo, depois aparecem lesões marrom-claras.
Medidas de controle: produzir
mudas em local isolado do vetor; quando a incidência está baixa,eliminar as
plantas infectadas; inseticida para controle do inseto.
Tombamento ou “damping off” (Pythium spp. e Rhizoctonia solani)
Ocorre em reboleiras e sintoma
principal é a destruição do tecido jovem da planta, ocasionando o tombamento.
Medidas de controle: usar
substrato esterilizado; sementes de boa qualidade; evitar excesso de água.
Podridão-de-esclerotínia (Sclerotinia sclerotiorum)
Os sintomas aparecem nas plantas
adultas, as folhas mais velhas murcham e apresentam podridão mole, e a doença
progride para as folhas internas causando murchamento. Aparecimento de escleródios
negros, recobertos por micélio branco.
Medidas de controle: solos bem drenados;
não plantar onde tenha ocorrido o ano anterior; evitar excesso de água;
permitir melhor aeração; uso de fungicidas; rotação de culturas.
Podridão mole (Erwinia spp.)
Murcha e morte da planta,
necrose da região da coroa.Medidas de controle: evitar
excesso de água; usar água de boa qualidade; permitir ventilação; rotação de culturas;
evitar ferimentos no manuseio; adubar corretamente.
Nematóide-das-galhas (Meloidogyne spp.)
Sintoma de deficiência mineral,
como amarelecimento e nanismo.
Medidas de controle: cultivares
resistentes; uso de nematicidas fumigantes; uso de matéria orgânica; adubação
correta; rotação de culturas.