terça-feira, 1 de julho de 2014

Principais doenças da alface

 Cerca de 75 doenças transmissíveis já foram relatadas em alface em todo mundo, sendo a maioria delas causadas por vírus, mas também por fungos, bactérias e nematóides. Muitas ainda não chegaram ao Brasil e aqui será colocadas as principais, mesmo que os sintomas podem variar com as cultivares e as condições climáticas.



Míldio (Bremia lactucae)
Manchas verde-clara ou amareladas, de diferentes tamanhos e geralmente delimitadas pelas nervuras.
Medidas de controle: utilizar sementes idôneas; rotação de culturas; irrigar por gotejamento; evitar excesso de água; plantar com espaçamento que permita boa aeração; pulverizar preventivamente com fungicidas registrados; eliminar restos culturais e plantar variedades mais adaptadas.




Septoriose (Septoria lactucae)
Lesões inicialmente marrom-claras, de bordas pouco definidas, que podem se unir formando lesões maiores. No centro das lesões podem ser vistos pequenos pontos negros que são estrutura dos fungos.
Medidas de controle: adquirir sementes e mudas de boa qualidade; plantar em terrenos bem drenados; espaçamento que permita boa aeração; pulverização preventiva com fungicida registrado; evitar encharcamento e excesso de nitrogênio; plantar variedades adaptadas; fazer rotação de culturas e eliminar restos culturais.


Mancha de cercóspora (Cercospora longissima)
Pequenas manchas marrons, as vezes com halo amarelo e ponto central mais claro acinzentado.
Medidas de controle: adquirir sementes e mudas de boa qualidade; plantar em terrenos bem drenados; espaçamento que permita boa aeração; pulverização preventiva com fungicida registrado; evitar encharcamento e excesso de nitrogênio; plantar variedades adaptadas; fazer rotação de culturas e eliminar restos culturais.












Rizoctoniose (Rhizoctonia solani)

Pequenos pontos marrom-claros nas nervuras, que aumentam de tamanho, escurecem o ocupam todo o limbo foliar em menos de 48 horas.Medidas de controle: canteiros altos para evitar encharcamento; evitar uso excessivo de fertilizante; uso de cobertura morta ou plástico para evitar contato com o solo; espaçamento que permita aeração; eliminar restos culturais; uso de fungicidas se ocorrência nos estádios inicias; rotação de culturas.


Podridão-de-botritis (Botrytis cinerea)
Lesões encharcadas, de coloração castanha, principalmente nas folhas mais externas, onde começa a podridão mole que ataca a toda a planta.
Medidas de controle: rotação de culturas; eliminas restos culturais; evitar acumulo de água nas folhas; evitar ferimento na pós-colheita.

Mancha-bacteriana (Xanthomonas campestris PV vitians)
Pequenas manchas angulares, de aspecto encharcado, ao s expandirem tornam-se enegrescidas, sendo delimitadas por nervuras.
Medidas de controle: adquirir sementes e mudas de boa qualidade; tratamento de sementes com hipoclorito de sódio; plantar em terrenos bem drenados; espaçamento que permita aeração; controle preventivo com fungicidas cúpricos registrados; adubar corretamente; rotação de culturas; eliminar restos culturais.
LMV – Lettuce Mosaic Virus
Transmitido por pulgões. Sintoma de mosaico acompanhado de deformação foliar.
Medidas de controle: cultivares resistentes; sementes de boa qualidade; eliminar reservatórios naturais.
Vira-cabeça (Tomato Spotted Wilt Virus)
Primeiros sintomas no pecíolo e no limbo, depois aparecem lesões marrom-claras.
Medidas de controle: produzir mudas em local isolado do vetor; quando a incidência está baixa,eliminar as plantas infectadas; inseticida para controle do inseto.






 Tombamento ou “damping off” (Pythium spp. e Rhizoctonia solani)
Ocorre em reboleiras e sintoma principal é a destruição do tecido jovem da planta, ocasionando o tombamento.
Medidas de controle: usar substrato esterilizado; sementes de boa qualidade; evitar excesso de água.









Podridão-de-esclerotínia (Sclerotinia sclerotiorum)
Os sintomas aparecem nas plantas adultas, as folhas mais velhas murcham e apresentam podridão mole, e a doença progride para as folhas internas causando murchamento. Aparecimento de escleródios negros, recobertos por micélio branco.
Medidas de controle: solos bem drenados; não plantar onde tenha ocorrido o ano anterior; evitar excesso de água; permitir melhor aeração; uso de fungicidas; rotação de culturas.

 Podridão mole (Erwinia spp.)
Murcha e morte da planta, necrose da região da coroa.Medidas de controle: evitar excesso de água; usar água de boa qualidade; permitir ventilação; rotação de culturas; evitar ferimentos no manuseio; adubar corretamente.
 Nematóide-das-galhas (Meloidogyne spp.)
Sintoma de deficiência mineral, como amarelecimento e nanismo.

Medidas de controle: cultivares resistentes; uso de nematicidas fumigantes; uso de matéria orgânica; adubação correta; rotação de culturas.

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